segunda-feira, 23 de abril de 2012

"Pânico" ultrapassa fronteiras do bom senso e decência

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Não, não tem como explicar. O "Pânico" não precisava raspar o cabelo de uma de suas Panicats para ganhar audiência, mídia e repercussão. Eles já têm tudo isso. O que parecia, principalmente com essa mudança pra Band, é que a fase onde o "Pânico" precisava usar de apelações para chamar atenção já havia acabado, mas pelo visto é uma doença crônica. 

O programa não necessita expor pessoas ao ridículo, como cortar o cabelo de uma mulher sem alguma necessidade se não fazer rir. 

Na Band, seria uma nova fase. Um humor limpo, idiota sim (por que não? É legal), mas inteligente, crítico, com uma mensagem por trás. O que ficou visível é que o "Pânico" jamais deixará de fazer o desnecessário.

A grande maioria do público foi contra ao ato do programa, atitude natural. Não se brinca com algo tão sério e que já foi abordado na televisão antes (Em "Laços de Família", por causa do câncer que a personagem Camila, de Carolina Dieckmann, enfrentava), justamente por representar uma doença tão cruel. Nada justifica.

O "Pânico" riu da crueldade que praticou. Eles riem da crueldade que praticam e ficam indiferentes ao prejuízo que causam, não demonstram remorso – o que também deveria ser natural do ser humano. 

Muitos dos telespectadores riram, mas não foi pelo fato daquilo estar minimamente engraçado, e sim porque era o cúmulo do absurdo. O riso foi de espanto. Não é verdade que se pode fazer humor a qualquer preço. Deixou de ser engraçado o "Pânico". As perguntas que ficam são: qual será a próxima? Com quem será? Se Babi não tivesse aceitado raspar o cabelo, teria sido expulsa do programa para ficar de exemplo às outras?

Na realidade, o espanto não fica por conta da bobeira que fizeram, talvez não foi a maior nem a mais espantosa. O que surpreende é que não existiram motivos pra tal. O programa tem boa audiência, bons quadros, faturamento invejável, os melhores humoristas do país, fãs fieis e força infinita nas redes sociais. 

Como já disse, nada justifica. Fizessem uma piada qualquer, o público iria rir muito mais.

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