quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dirigente diz que Palmeiras de 1993/94 era rachado e vê futebol atual "mimado"

Ele lembra que Edmundo e Antônio Carlos brigaram de maneira contundente no intervalo de um clássico contra o São Paulo. Mesmo assim, o Palmeiras voltou dos vestiários e conseguiu vencer o jogo em pleno Morumbi.
“No início dos anos 1990, era problema gravíssimo. Era um grupo rachadíssimo, bem declarado, que um falava para o outro não gostava. É até melhor assim. Os dois se uniam pela mesma causa, que era ver o Palmeiras em uma melhor”, analisou Sampaio.
“Os tempos são outros. O maior problema é que o jogador virou um dos investimentos mais rentáveis do que qualquer outro produto. Os empresários, assim, estão para financiar e tirar os problemas. Então o jogador, se for diferenciado, é tratado como celebridade. E aí existe o choque de gerações. E aí ele (Felipão) espera o cara que pode batalhar, tirar as pedras. Às vezes vemos isso mesmo, de ver o cara que poderia aprender com o erro e que continua na mesma”, analisou o dirigente.
Brigas à parte, Sampaio afirmou que o jogo que ele mais gosta de relembrar é o de 1993, quando o Palmeiras venceu o Corinthians por 4 a 0 em plena final do Paulistão. Por outro lado, a derrota por 1 a 0 na final do Mundial de 1999, diante do Manchester United, é o jogo que ele gostaria de esquecer. Na hora de escolher o melhor técnico da carreira como jogador, ele faz média.
“Eu trabalhei com grandes treinadores. Não dá para falar de um. Tem o Luxemburgo, o Felipão, o Nelsinho Baptista, o próprio Otacílio, que levamos para o Japão depois. O Zagallo, que apesar de pouco recurso tecnológico, até aparentemente desatualizado, ele vive aquilo intensamente. O grupo que ele montava tinha prazer de defender seleção”, completou Sampaio.

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